O mapa do amor

Encantas os sonhos sem ter piedade,

do pobre poeta que ama demais.

Na noite vazia o verso que faz

tem um só endereço; a tua saudade.

E o pobre poeta deseja à vontade,

fazer-te a rainha de todos os mortais,

singrar nos teu mares, marcar teus sinais,

beber tua seiva, com suavidade.

E o mapa da vida será desenhado,

com a ponta da língua, no corpo suado,

aos beijos, carícias, volúpias e carinho...

E nessa ternura a vida há de ser

um sonho encantado, sem nunca esquecer

o mapa do amor feito devagarzinho.

Marcos Maia
Enviado por Marcos Maia em 09/10/2005
Código do texto: T58224