O mapa do amor
Encantas os sonhos sem ter piedade,
do pobre poeta que ama demais.
Na noite vazia o verso que faz
tem um só endereço; a tua saudade.
E o pobre poeta deseja à vontade,
fazer-te a rainha de todos os mortais,
singrar nos teu mares, marcar teus sinais,
beber tua seiva, com suavidade.
E o mapa da vida será desenhado,
com a ponta da língua, no corpo suado,
aos beijos, carícias, volúpias e carinho...
E nessa ternura a vida há de ser
um sonho encantado, sem nunca esquecer
o mapa do amor feito devagarzinho.