Delírios

Então, isso é a vida?

Arder constantemente,

Constantemente arder,

Delirar pelo seu corpo que me queima

E me incendeia as vísceras?

E quanto mais em chamas, mais eu amo

E mais eu quero essa presença

De você em mim

E de mim, a ânsia de ficar eterno

Entre as suas coisas

Com os meus pecados

Assim que vem a noite,

Assim, outro amanhecer

E a cada recomeço de estação

Eu recomeço nos seus braços

E nos meus braços recomeça

A infinita graça, a infindável dor

De se amar demais,

Se consumir de amor