Soneto da madrugada

Na madrugada o silêncio ecoa

Emerge das trevas a imaginação

Melancólica torna-se minha mente a toa

Assusta os sonhos que me deixarão

Tudo se projeta individual

Até os átomos parecem parar

Sozinha e parado, momento ideal

Desperta-se em mim o “querer criar”

Toda atenção ao texto converge

O mundo resume-se a esse quarto

Onde funcionam pensamento e mão

Cada palavra a Idéia é quem elege

De cada verso a Mão faz o parto

E a cada poema uma difícil Criação