O MAL DA LUZ

Não se enfureça

Nem tema o escuro residual

Pelas luzes que se apagam.

A escuridão vela os monstros,

Divisando o mundo imaginário, do palpável.

É a luz que os traz à tona.

É luz que mata o inseto,

É a luz que guia o morto.

É a luz, a luz, a luz!

“Aquele que traz a luz”

Foi o primeiro a cair do céu.

Começo a me perguntar

Se a luz é mesmo um berço tão esplendido,

Pois sempre, e sempre, me senti mais confortável

Naquela prístina absoluta que reinou primeiro.