IMPRESSIONISTA

No último espanto

Só um olho de canto

Sem pranto ou encanto

Um vão de porta

Um vento breve

Com cheiro de nada

Que já nada importa

Feito sono leve

Sem rojão nem parada.

No último dia

Lá fora era dia

E o dia seguia.

No último instante

Só um olho distante

Opaco e estanque.

Dalila Langoni
Enviado por Dalila Langoni em 28/07/2007
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