CHUVA INFINITA

São as margens e linhas

Do papel, as férreas grades

Da prisão de toda poesia?

São os limites do papel

O precipício de suicídio

De toda poesia?

São as bordas do papel

O horizonte final

De toda poesia?

São os dedos que chovem

Sobre o papel, chuva

Passageira ou infinita?