Coisas do Espírito

Sempre venho de dentro e amo algumas coisas que vejo aqui fora

Amo meu corpo doado a mim ao nascer e dele cuido para o meu bem viver - meu suporte

E quando aqui do outro lado, vendo as coisas - de fora para dentro - não as vejo em alguns

Tenho pena de não poder ver as crianças levantarem-se orgulhosas de si mesmas nas manhãs ao olharem aqui fora algumas coisas (crianças aprenderão olhar tudo se as ensinarmos)

Vejo os caminhos longos nos passos infelizes das almas que nada olham. Algumas até costumam olhar somente as coisas de fora...

Contudo, compensa-me viver a minha natureza

Um dia o arrulhar de pássaros azuis

Noutro dia o silêncio no piano calado na sala para que eu possa ouvir o rouxinol

Abracemos os vales verdes enquanto há tempo

Perdoemos os erros mortais - os de dentro e os de fora

Licenciem-me para adentrar meu eu agora

Pois já anoitece e não me vejo aqui fora

Sempre venho de dentro...

Que adentre a mim as coisas de dentro, não às de fora

Sei bem o que é a beleza infinita das coisas ao olhar

Algumas pessoas de fora para dentro através de suas almas que passeiam

Se viesse de dentro de todas as pessoas o amor...

E se olhássemos todos de fora para dentro?

Atentem-se para as coisas de dentro

Respirem, filtrem o que nos doam os arvoredos e o devolvam ao tempo lá fora

11/12/2015

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 29/11/2016
Código do texto: T5838395
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