Duplo Laço

Me tens. E desnudo-me perante teus pensamentos permitindo a mim e a ti sonhar e sentir até onde nossas bocas nos vejam e nossos olhos nos sigam e sintam com nossos corpos e almas uma vida inteira em segundos, e em segundos uma vida inteira, pois tudo me foge a razão.

Quem disse que o amor tem razões?!

Te percebo em um sétimo sentido onde

teus gemidos, como sonoridade perfeita,

defloram meu tempo perdido para que então eu possa encontrar o êxtase que a mim permito e a ti entrego sem limites ou pudores.

Deves ter em mim uma, duas, três, quatro mulheres sem ver semelhanças em nenhuma delas. Posso ser mil direntes mulheres se assim quiseres, mas tenhas somente a mim, pois não caberia outra nesta minha dimensão imensurável de sentimentos.

Não caberia a mim qualificar ou desqualificar nada. Somente mostrar a ti quem sou; sei quem sou. Então te amplio delicadamente a visão e mostro a mulher que nasceu e cresceu em mim.

O amor em mim é claro, puro, fiel e tem cheiro de verdades, de respeito, de cumplicidade... Rendeu-se a ti.

E sonho, sim!

Sou uma sonhadora que em reciprocidade divide um amor com carícias, com cumplicidade e também movido por céus e terras durante o ato celebrado e dividido por amantes.

O ato único que tranforma os dois em apenas um.

Se enlaças-me, te enlaço com a delicadeza da mulher que buscastes e que encantou-se com tudo o que viu em ti

16/08/2016

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 30/11/2016
Código do texto: T5839587
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