A BALADA DO ÚLTIMO ADEUS

Teus lábios de puro concreto frio

Vibraram ao meio-dia uma dura melodia,

A balada do último adeus.

Veio das profundezas da tua garganta,

Leve, solto, sem qualquer pesar.

Imediatamente, chegou dos rios dos meus olhos

Uma sinfonia diferente, apesar do fim.

Em estética perfeita meus ouvidos

Jamais ouvirão novamente, harmonia mais bonita,

Triste poesia, elegia teu adeus solto, liberto no ar.

Quase dancei, mas me contive.

Teu adeus não partiu meu coração.

Muito pelo contrário, tanto o esperei,

Enfim, estou curado, tão livre de você.