A noite chega sorrateira,
Sufocando  esta humanidade sob lágrimas,
Me arrastando nesta solidão,
Onde tento remendar a minha existência,
Neste solilóquio de constrastes.

Me aproximo do espelho,
E vejo minha imagem em suas interjeições,
Interpelando este ser que se projeta do outro lado,

Num labiririnto de encontro e desencontros,
Marcado por emoções confessas em segredo.

Em cada expressão do meu rosto,
Percebo as marcas do tempo em seus açoites,
Diantes dos olhares atentos  de minha consciência;
Envolta ora em gritos,ora em calmaria,
Estranhos deleites dos momentos vividos.

Mesmo com medo,
Vou seguindo entre as estações,
Desafiando o compasso das horas,
Neste eu seduzido em suas distrações,
Enquanto persegue seus rastros pelo tempo.


 
Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 04/12/2016
Reeditado em 20/11/2017
Código do texto: T5843531
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