LOUCURA SÃ

Sinto que minha alma

Tenta não se afogar

Em minha própria carne

Que de ressaca estar.

O medo floresce e eu ando a tento

Pois a minha volta é só inimigo que vejo

Eu desconfio da minha própria sombra

Eu tenho medo de ser traído por um beijo

Tenho travado uma batalha inglória

Que temo no fim não conseguir vencer

Essa batalha travo dentro de mim

Entre o que sou e o que finjo ser

Já não consigo olhar para os meus fantasmas

Acovardados e amedrontados num canto

E quem dizia ser meu anjo da guarda

É na verdade um demônio disfarçado de santo.

Minha loucura é sã

Insana é minha lucidez

Tomo com afinco tudo que for sabedoria

E vomito aquilo que for estupidez

sevlas
Enviado por sevlas em 06/12/2016
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