ARBUSTO

Aterra que eu plantei flores

Nasceu arbusto e espinho

As estradas que eram largas

Viraram estreitos caminhos

E as arvores secas do amor

Não tem lugar para os ninhos

Onde plantei esperança

Na terra ela não nasceu

A criação que eu tinha

Na catinga se perdeu

E a correnteza dos rios

Dali desapareceu

Os rios de sentimentos

Sumiram deste lugar

Na aridez desta terra

Não dar mais para plantar

E um coração vazio

Começa a dilacerar.

Na imensidão da caatinga

De sentimento profundo

Começo culpar a vida

Pelas coisas deste mundo

Vive o poeta as angústias

De um sentimento profundo.