Ciclo !

O poeta se cala frente ás emboscadas da vida !

Aprisionado em si torna-se incapaz de sair !

As grades da prisão trazidas pelo destino entristece o existir !

Sufocam o amor de um coração ! Sufocam o brilho de uma mente !

A tinta que escorria em versos e prosas hoje está seca, ainda enfeitando a antiga caneta !

Em lágrimas vê o partir das palavras que por dias e dias trouxe alegria !

Em seu rosto molhado observa o caminho passar !

Pelas frestas da porta vê a vida ! E mais vida ! E passar ! E sumir !

Distante se vai á felicidade ! Distante observa o cargueiro partir !

O porto seguro ilude outra vez, assim como as ondas que vem e que vão !

No ciclo seguro permanece a verdade !

Os sonhos por hora tão distantes estão !

Arthur Guilherme Justo
Enviado por Arthur Guilherme Justo em 30/07/2007
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