Ciclo !
O poeta se cala frente ás emboscadas da vida !
Aprisionado em si torna-se incapaz de sair !
As grades da prisão trazidas pelo destino entristece o existir !
Sufocam o amor de um coração ! Sufocam o brilho de uma mente !
A tinta que escorria em versos e prosas hoje está seca, ainda enfeitando a antiga caneta !
Em lágrimas vê o partir das palavras que por dias e dias trouxe alegria !
Em seu rosto molhado observa o caminho passar !
Pelas frestas da porta vê a vida ! E mais vida ! E passar ! E sumir !
Distante se vai á felicidade ! Distante observa o cargueiro partir !
O porto seguro ilude outra vez, assim como as ondas que vem e que vão !
No ciclo seguro permanece a verdade !
Os sonhos por hora tão distantes estão !