RETROSPECTIVA, A FARSA!

RETROSPECTIVA, A FARSA!

Graças a quem o ano esta terminado?!

Não creio mais no criador ou creador,

Sou uma farsa perante todos na Terra,

Amo minha profissão, mas sendo honesto,

Bem... Como sobreviver se sou honesto?

Vejo os colegas fazendo “marmotagens”,

Quem sobrevive são os comerciantes

E não sobrevive quem ama a profissão...

Quem crê no próximo e segue a lei...

(risos)

Essas pessoas serão enganadas e massacradas,

Na farsa da minha vida dou risadas...

Queria chorar, fazer macumba e ferrar...

Mas aprendi que colhemos o que plantamos

E vejo o oposto a todos os momentos...

Faço terapia, meditação e dou risadas a todos,

Mas meu coração sangra a todo o momento,

Queria de fato ir embora e sumir de vez,

Esquecer que um dia eu amei demais, mesmo.

E mesmo assim eu falhei tanto no meu amar,

A cola mais poderosa nunca colou o coração,

Às vezes escutando a musica que a lembra...

Paro, paro na medida de três pontos e lembro...

Como fui feliz ao lado dela a todos os momentos,

Lembro-me de cada detalhe e de cada gemido,

Lembro-me de tudo o que passei por ela e amei...

Sou uma farsa em meus sentimentos perdidos,

Meus ídolos morreram a todos os momentos...

Este texto tem tanta à palavra momentos que devia assim chamar,

E assim sendo resolvo jogar a métrica na lixeira,

Escrevo todos os dias e a todos os momentos,

Mas sou uma farsa, pois escrevo o que eu sinto,

O que passa pela minha alma atormentada,

Escrevo sobre minhas magoas, alegrias e noticias,

Escrevo com a palavra que ouvi e não conheço

Falo de meus amores e como foi com metáforas,

Mas não acredito em mim e sou uma farsa total,

Afinal há aqueles que escrevem, pois acreditam em si.

Nunca acreditei em mim, ou melhor, falando acreditei,

Acreditei lá atrás e foram maltratando ao poucos,

Hoje não tenho sonhos nenhum em minha alma,

Vivo na lama e lembro quando parei de sonhar,

Meu sonho foi sacrificado com uma frase apenas

E nunca mais sonhei em ter algo que eu quis muito,

A SD 10 cinza de cabine dupla foi meu ultimo sonho,

Matei meu sonho na palavra da mulher amada...

Nunca mais quis nada material ou idealizado,

Desisti de desenhar também dessa maneira tola

Perdi a esperança de ser feliz na partida da amada...

E assim sendo tive corpos e tantos corpos eu tive,

Às vezes me vejo como um vampiro faminto e sedento,

Mas sobrevivo em seduzir e levar para cama e ter...

O corpo não tem sexo ou nome tem apenas gemidos,

Faço meu papel de sedutor e encantador de almas...

Assim sendo sobrevivo na emoção de outra pessoa...

Nesse ano que passou o pavio da vela da realização apagou,

Agora espero apenas que eu vire total escuridão,

Que dentro dessa escuridão eu grite antes de ter a coragem

Que no pulo fatal eu tenha um agudo de Kate Bush,

Sendo Kate Bush, eu parto de maneira meteórica assim como a cantora.

Que num relâmpago inspirou muitos amantes da musica e sumiu

Encerro o ciclo anual sem sonhos no bornal,

Nem forças para erguer a cabeça e seguir além,

Apenas mantenho a farsa da mascara na face que esta tudo bem...

Segurando-me num... Num... Não acho a que me segurar

Exatamente agora minha cadela me lambe e meu gato pula em meu colo

Uma cadela aleijada e deformada

Um gato amputado e mutilado...

Eles... Apenas eles me seguram aqui...

Que a mascara do palhaço caia e a farsa acabe

André Zanarella 26-12-2016

(sem correção, dou “enter” antes que delete)

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 26/12/2016
Reeditado em 28/12/2016
Código do texto: T5863992
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