Borboletas*

BORBOLETAS***

( ... )

Cansei de procurar entre os Nadas

Alguns espaços demarcados pela

insistente ausência

Cuja florida alameda hoje é outono

Inteira...

Olho triste

Que fazer se todos estes galhos mais

parecem veias secas?

Artérias obstruídas pelo descaso;

antes , frondosas; agora mortas.

De tanta mágoa transformou-se em

rio toda água vertida do meu SER

intransigente; passional

Como se levitasse

Sem elevar

o olhar e com medo,

Muito medo...

afim de poupar minha alma sensível

do absoluto destruído prossigo

Cabisbaixa.

Mas algo brilha, estranhamente brilha brilha...

Curiosa, digo a mim mesma: Olhe... Olhe só mais

uma vez ...

Grata surpresa!

Nesta alameda sombria; toda desalento

sobrou um tom de Verde

de Vida

de Esperança

Ainda que sem todos membros

Sorri!

Viva sorri!

Viva é beijada pelo vento

Minha alegria volta

feito reeencontro entre o casulo

e a borboleta

Irradiando

Meu Sorriso é largo

Todos os sonhos ressuscitam

na certeza de um dia lindo ,

impulsiono briosamente

asas coloridas e voo.

Lúcia Gönczy

Lúcia Gonczy
Enviado por Lúcia Gonczy em 31/07/2007
Código do texto: T586404
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