Borboletas*
BORBOLETAS***
( ... )
Cansei de procurar entre os Nadas
Alguns espaços demarcados pela
insistente ausência
Cuja florida alameda hoje é outono
Inteira...
Olho triste
Que fazer se todos estes galhos mais
parecem veias secas?
Artérias obstruídas pelo descaso;
antes , frondosas; agora mortas.
De tanta mágoa transformou-se em
rio toda água vertida do meu SER
intransigente; passional
Como se levitasse
Sem elevar
o olhar e com medo,
Muito medo...
afim de poupar minha alma sensível
do absoluto destruído prossigo
Cabisbaixa.
Mas algo brilha, estranhamente brilha brilha...
Curiosa, digo a mim mesma: Olhe... Olhe só mais
uma vez ...
Grata surpresa!
Nesta alameda sombria; toda desalento
sobrou um tom de Verde
de Vida
de Esperança
Ainda que sem todos membros
Sorri!
Viva sorri!
Viva é beijada pelo vento
Minha alegria volta
feito reeencontro entre o casulo
e a borboleta
Irradiando
Meu Sorriso é largo
Todos os sonhos ressuscitam
na certeza de um dia lindo ,
impulsiono briosamente
asas coloridas e voo.
Lúcia Gönczy