Reflexões de um ano qualquer...

 
Sou muitos! Mas sou único!
Por nenhuma vez fui igual,
a cada ciclo, me modifico,
por evolução, sou natural.

Quem me olha, me planeja,
brindam farto no meu começo,
festejam em minha partida,
de um segundo é meu recomeço.

Para todos, meu tempo é justo,
não me modifico para ninguém,
mantenho o rumo a todo custo,
alguns partem, mas outros vêm.

Sou visto apenas como passagem,
faço parte de várias promessas,
nos ombros carrego mensagens,
mas sou rápido se não tens pressa.

Neste meu tempo, vejo de tudo,
amor e ódio, paz e mágoa,
guerra e flores, vida e luto,
fartura e fome, seca e água.

Famílias criadas, amores recentes,
saúde farta e muitos corpos doentes,
dinheiro e fama, pobreza e orgulho,
recém separados, silêncio e barulho.

Se meu conselho de certo valesse,
priorizava em nossas infâncias,
se educar a alma prevalecesse, 
 teríamos base em todas instâncias.

Como tudo na vida, sou ambíguo,
não me permito agradar a todos,
sou pensamento do ano poente,
mas ao renascer, já sou idoso.




 
Beto Servidio
Enviado por Beto Servidio em 30/12/2016
Código do texto: T5867479
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