VELHICE
És o despertar de uma solidão sem fim
Fim de carreira e de tarefa dura
És a troca da juventude alegre
És a velhice já sem formusura
És como uma estrada que se fecha as poucos
Que não permite mais o retrocesso
Visão pequena que não enxerga nada
Não tem visão de tanto progresso
Só a tristeza e a desilusão
Se faz presente num resto de vida
Que tanto fez pra não chegar ao fim
Lutando sempre por causas perdidas
Um corpo fraco que não suporta mais
Os sacrifícios que a vida oferece
A alma sai e esse corpo tomba
Já cai gelado e logo perece.