HORIZONTE
    Lílian Maial


Horizontes me deixam inquieta,
mais que chuva ou vento.
Têm jeito de deitar,
de calar, esperar
de cama, de karma
de morrer.

Prefiro a irriquietude das ondas,
raios e trovões,
do barulho de folha balançando.

Há todo um enlace no bater das asas das borboletas,
no doce balé do destino de voar.

Tenho borboletas nos cílios
e meus olhos voam.
Descanso no horizonte,
depois da chuva.


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