Refúgio
Por vezes me permito...
Com receio,
Relutante,
Este templo inebriante eu visito.
Deixo cair sobre o papel a tinta da minha alma!
De repente eu sigo esta rota,
num tropeço e de viés...
Sou aqui mais vivo,
ou quando debruço-me sobre aquela pilha de papéis?
Silêncio...
Deixo transparecer a ninguém a minha luta...
Minha vaga e imprecisa luta...
Minha inútil e teimosa luta...
Mas com a esperança morta que a notem...
E sem preocupação com a régua,
eu permito que os lampejos de meu interno
cortejem os meus homens de terno,
e se encontrem, de alguma forma, dando me trégua.