Refúgio

Por vezes me permito...

Com receio,

Relutante,

Este templo inebriante eu visito.

Deixo cair sobre o papel a tinta da minha alma!

De repente eu sigo esta rota,

num tropeço e de viés...

Sou aqui mais vivo,

ou quando debruço-me sobre aquela pilha de papéis?

Silêncio...

Deixo transparecer a ninguém a minha luta...

Minha vaga e imprecisa luta...

Minha inútil e teimosa luta...

Mas com a esperança morta que a notem...

E sem preocupação com a régua,

eu permito que os lampejos de meu interno

cortejem os meus homens de terno,

e se encontrem, de alguma forma, dando me trégua.

Eduardo G Silva
Enviado por Eduardo G Silva em 20/01/2017
Código do texto: T5887309
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