Espólio

Deixo como espólio, meus rascunhos,

para você, meu amor. A mulher que se arrasta nos meus sonhos.

Não que eu vá morrer por agora,

mas desde já, passo para o teu nome

meus poemas inacabados,

meus versos pela metade,

e tudo não publicado.

tudo o que eu sou, e todo o resto que o vento espalhou,

já te pertencem. - Você não me possui, mas eu te amo, o que dá no mesmo, no fim das contas.-

Se essa declaração te chega tarde demais,

enterre meus papéis no seu quintal,

ou queime-os.

Mas não os deixe para as traças ou pra qualquer outra pessoa.

São apenas seus,

de outra forma, serão desperdiçados.

Atenciosamente,

do seu bêbado com delírios de escritor

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 22/01/2017
Código do texto: T5889618
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.