Eu sou a arte

eu sou aquele que o toca

eu sou a arte

perdi pro sabor do vento

meu intenso movimento

subi numa corda de luz

e escorreguei pelo vazio do escuro

reconstruí, recuperando pedaços

roubados pelo destino inconstante da história

num intenso grito

libertei gemidos latentes

que me tornavam escrava

do meu espírito demente

entendi-me gente

com a beleza da arte

e as eivas do umbral

desejo hominal

de sentir na pele a crueza e a doçura

de viver e ser plenamente

eu sou a arte

eu sou aquele que o toca

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 02/08/2007
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