Sertão
Sinto as ruas antigas cheias de pó.
Sinto o efeito uísque eterno.
Ouço cada passo.
Cada coração meu.
Cada pele minha.
Onde está tudo que perdi?
Onde está tudo que encontrei?
Onde está tudo?
Ah! A juventude!
Como a amava.
Como a amo.
Ao ponto de fazê-la acordar!
Onde procuro o escritor e o quadro negro para apagar com esponja molhada o pó da via láctea?
Os olhos cheios de azul antigo,
Sofrem os açoites de pedras-lágrimas;
E não me deixam esquecer:
O dia de minha ausência ainda não acabou.