Areia da praia

Ver o sol no poente

Desde o seu nascente

Preenche qualquer coração carente

As águas do mar adentro com todo respeito

Águas batem em meu peito

Salgar a carne é mesmo que purificar a alma

Acordo cedinho...

E me deparo com a exuberância da natureza

O vai e vem da maré

Me faz refém da grandeza de Deus

Piso na areia

O vento me desnorteia

Será que ali já existiu sereia?

Não vejo conchas

Apenas o barulho das ondas

Esqueço por um instante o que é ser urbano

Por muito tempo não tinha tido aquela sensação

Talvez anos.....

Para vivermos basta o essencial

Isso é primordial para um ideal

Sermos simples como a beleza natural

Despojarmos de nós mesmos

Andar descalço...

E escondermos de nossos segredos

Os mais vis sentimentos indeléveis

Vila Velha Janeiro/2017

Helbert Vinícius de Faria
Enviado por Helbert Vinícius de Faria em 31/01/2017
Reeditado em 31/01/2017
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