A razão dos sonhos meus

Há bastante eu sonhava

Sem saber com que direito,

Hoje mora no meu peito

A razão dos sonhos meus.

Os meus sonhos, sombra pura,

Eram sonhos tão inúteis,

Sem razão os sonhos meus.

Percorriam as alturas,

Nos caminhos do infinito,

Eu já disse, hoje repito,

Que os tomava por sandeus:

Não traziam nada, nada,

Pobres sonhos de loucuras,

Foram pobres sonhos meus.

Mas valeu a caminhada

Dos meus sonhos ansiosos

Por morar nos olhos teus.

(Pitangui, MG/1967)

William Santiago
Enviado por William Santiago em 07/02/2017
Código do texto: T5905430
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