INSÔNIA
Você não viu quando meu corpo
Num frêmito todo de desejo
Engolia a treva da noite
Sono já não existia
Me assaltavam imagens lascivas
De prazeres improváveis
A madrugada avançou
Insípida e sem aventura
E o teu silêncio foi o resto
De um leito sem palavras
Ainda que embalado
Na paz morna do teu sono
Naquela noite não pude adormecer
Nem sonhar...