Da janela da minh'alma vejo o céu,
Vejo pássaros voando e penso,
Lá está a imagem do meu desejo,
A liberdade em meu último discurso.
O brilho dos meus olhos me ilumina,
E o coração se torna tempestade,
Vertendo rios em minha face.
Meus pés se tornaram raízes,
Tão profundas quanto minha dor,
Sentinela do meu corpo enfadado,
Arrastado por esta vida taciturna;
Tão sombria em seus pesadelos.
Vou caminhando virando as páginas,
Igual o mar rebatendo as ondas,
Que vem e volta,
E nunca é o mesmo.
Eu vejo e já não compreendo,
Mas vou vivendo os dias,
Ora sangrando,ora curando-se
Das mazelas sorrateiras,
Nos retalhos do tempo.

 
Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 19/02/2017
Reeditado em 20/11/2017
Código do texto: T5917945
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