rabiscando saudade

sem a mesma graça de ontem

sem a mesma mão pousada

os dias correm brancos

um olho cego se deixa a procura

do tempo que passeia nos espaços abertos

dentro de tres paredes

não há mais eco que responda

saiu pela porta sem aceno

pra voltar a qualquer minuto

o caiado amarela sem pressa

ouvindo o sussurro abafado

chovem pétalas nas palavras guardadas

dentro das páginas do novo dia

onde rabiscar tanta saudade?

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 12/10/2005
Código do texto: T59213
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