Uma noite me esqueci a espiar estrelas
Entorpecida e faminta por devorar
aqueles pontinhos brilhantes...
Queria atravessar o finito quintal
E voar naquele mar de luzes
Queria espreitar a fundo e a raso o céu
Queria ser ”eustrela” estava decidido
Pareceu-me mágico demais, a mais
ínfima  sapiência legada aos humanos
Me intrigava e me prendia nesta porção:
Realidade.
longe estou e estás de compreender
A imensidão que há fora de mim e de vós

A noite cantava suas canções
E ali hipnotizada fiquei
Traçando lembranças de sonhos
Desta vida que queria  e ria
Sinto-me pequena, um cisco no olho
Eu era o verso do poeta...a poesia
Queria nascer...sim queria me entregar
O cosmo incendiava em formosura
Dentro dos meus olhos... o Parnaso
Era manifesto da arte mais profunda
Que se remexia em palavras:
Gestadas....
ao sopro da vida ao som do verbo
Com suas magias
sei que à noite me olhava
Dentro de mim as palavras pululam e pululam
É um cintilar imenso -  intenso de provisão
São tantas fomes, tanta sede
Mas, por enquanto, basta...poeta
 

 
Jennifer Melânia
Enviado por Jennifer Melânia em 13/03/2017
Reeditado em 14/03/2017
Código do texto: T5939924
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.