Rebordosa
Hei de morrer num dia de festa
gargalhando muito e dançando sem parar
e nada de enterro até que a farra termine,
não quero velório nem choro;
quero alegria em coro
quero morrer com o som bem alto
bebendo todas numa roda bem frequentada
dura e gelada só se for como cerveja
e reverenciada com muito pagode
me arrastem como o velho Quincas
enquanto a rolar a euforia
e quando não mais me aguentarem
me despachem ainda de porre
pra nem se lembrarem
que morri no meio da algazarra