Rebordosa

Hei de morrer num dia de festa

gargalhando muito e dançando sem parar

e nada de enterro até que a farra termine,

não quero velório nem choro;

quero alegria em coro

quero morrer com o som bem alto

bebendo todas numa roda bem frequentada

dura e gelada só se for como cerveja

e reverenciada com muito pagode

me arrastem como o velho Quincas

enquanto a rolar a euforia

e quando não mais me aguentarem

me despachem ainda de porre

pra nem se lembrarem

que morri no meio da algazarra

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 14/10/2005
Código do texto: T59475
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