No rastro de Maroca

A Maroca, Roberto Berliner e à arte

Morrer Maroca, hoje, 26 de março

desses dois mil e dezessete anos

que o ocidente conta em linha reta

ilusória linha de visão e verdade;

nesse dia de azul sertão, tão sol

vibrante céu de Campina Grande

acende em mim a luz de escuros

dentro e fora, espaço e corpo da

ofuscante memória: A palavra é.

Escureço a visão; escuto ao longe

o rastro caminhante; o eco do ser

aquilo para o que se nasce. Muda;

Fico muda. Doem-me rijos ossos

da velhice anunciada qual por vir

que hoje levou Maroca; Aqui, viva.

Seus olhos não leriam o poema

mas seu corpo o cantou na arte

da vida e na vida eterna da arte.