ALÉM DO TEMPO
De um osso duro dou um pulo ao futuro,
E já vou comandar uma nave lunar.
O homem pré-histórico, da idade mesozóica,
Suplantou dois mil e um, tornando-se sobrecomum.
Avanço tecnológico, num mundo de atos ilógicos;
O afã da preservação em meio à devastação;
Há choro de protetores e riso de opressores;
Mas do seio da confusão nascerá a renovação.
Reina, na época atual, ora o bem, ora o mal.
Bomba atômica na moda e na praia whisk com soda.
A fuga se dá na ironia, ou talvez na fantasia,
Quando se quer chorar e não se consegue amar.
Quem consegue delirar não vê a ferida sangrar,
Daqueles que buscam aquilo, que se acoitou em sigilo,
Pois todos nos fazem calar, quando ousamos sair do lugar.
Meu íntimo e utópico intento é tentar avançar no tempo,
Com a velocidade da luz, de um jeito que não supus.
Quem sabe um aerobus?
Ou uma força astral que conduz
Quem almeja esquecer o tormento de tanto infeliz advento,
E espiar o surgimento, num tempo além do tempo,
De um novo menino Jesus.