Poesia De Outono...

Enquanto o julgamento não vem.....................................Pois bem...

Eu vou ao quintal e sinto um vento fresco por todo corpo...................

Eu sinto frio..............................................Me acho bem sucedido...

Me vejo injusto........Me pego perdido num tempo em que sou devido...

Enquanto o conclave não sabe de nada............................................

Eu flutuo feito uma palha na sonora da flauta...................................

O vento forte me arrebata.........................As vezes sou areia seca...

As vezes sou água parada.............................................................

Sou uma árvore plantada num solo árido.........................................

Em um lugar que não chove pra nada.............................................

Dias de sol e vento as folhas se assentam na calçada........................

Agora sou uma árvore pelada....................Eu só medito noite e dia...

Não faço mais nada..........Fico perecendo conhecendo Deus de perto...

Murcho e de pé em meio a corrente do vento...................................

Caule e tronco doendo.....................................Ferida aberta no pé...

Mas fico feliz.....................Tenho prazer em participar de tudo isso...

Se vegeto desde o início..............É porque só fiz o que sempre quis...

Paulo Poba
Enviado por Paulo Poba em 03/04/2017
Reeditado em 03/04/2017
Código do texto: T5960608
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