SEM OSSOS

Talvez, muito em breve

A minha coragem vacile.

E desencorajado e sem ossos

Não possa seguir com o levante,

Pois as maravilhas dos jardins

Estarão plenamente escondidas.

As árvores deixarão as folhas irem,

Os ninhos escorrerão pelos ganhos,

As flores seguirão num suicídio marcescível,

E quando a nudez cobrir o mundo estarei eu

Igualmente envolvido num sonho de fracasso.

Inverno rigoroso cobrirá corpos inteiros e silêncios plenos

Somente e tão somente o nada reinará absoluto

E ali, não haverá diferença entre humanos e coisas.