Universo Aleatório
Formigueiro de palavras saindo de bocas
Casas sujas de antimatéria
Naves jogam anzóis para capturar humanos curiosos
Perdido no labirinto mental
Chafariz provocando vomito infinito
Poderia jogar minha ultima aposta, mas ainda não é hora
Meus anjos dormem na gaveta do quarto ao lado
Eu nunca os sufoco com minhas preces
Só deixo o que deve ser feito e na hora certa
Na próxima curva se dobra sua aposta
Você deixou todos seus ossos e miolos no asfalto dessa vez
No berço esta a morte prematura de soldados abortados em guerras planejadas.
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Um passado sobre minha cama
casca de tristeza sobre a mesa
toda noite alugam-se sonhos
o meu estava fora do prazo
todos os sentidos adormecidos
raramente levo minha pipa adestrada para passear no ar
e quando tudo estiver concentrado fuja pro vácuo infinito
espião fracassado aguardando um novo sinal do outro lado
fé plastificada
pequena sinapse de modernismo
frustração precoce e uma prece abençoada
lavamos nosso orgulho.
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Ainda digerindo toda aquela frustração
perdemos todo nossa juventude prometendo e supondo algo
mas arrasto alguns dias e despejo tudo outra vez
menos mal ... não ficamos enclausurados no passado
olhe pra tudo isso agora ,esta satisfeita ?
O que você vai fazer quando sua caixa de segredos resolver trair
Outra vez discutindo o sentido das coisas a beira de um hospício
Embrulhar expectativas e ver tudo apodrecer por não ter coragem de abrir
Escalando o céu suturado por estrelas eu alcanço o espaço sideral
Como um mar sonolento e melancólico
uma cor para o café da manha
Agonia de um domingo.