A VERDADEIRA POESIA

A verdadeira poesia é aquela que é fiel na intenção,

que não distorce as palavras com metáforas,

que não se esconde atrás do belo verso,

mas que diz tudo da forma mais clara,

a forma do amor e do desejo.

Quando fiz esta poesia pensei em você,

pensei nos seus negros cabelos,

"negros como a asa da graúna",

confesso que a intensão esta explicita,

pena que a minha timidez trave as palavras,

mas não os pensamentos, e estes sim,

são decididos no que querem,

querem o beijo demorado,

o abraço apertado,

o toque mais ousado,

o prazer da voz no ouvido,

o querer ser mais do que o permitido,

de poder ir alem,

de ultrapassar a última fronteira proibida,

o triângulo da perdição do corpo e da alma.

O que quero dizer com tudo isto,

quero dizer o que ja sabes o que quero,

que não adianta escrever poesias de duplo sentido,

quando o sentido é tão aparente e perturbador,

o sentido prático da poesia é seduzir a musa,

mesmo quando a musa não saiba ser ela a própria,

mesmo quando ela é desejada poeticamente pelo poeta,

que sendo poeta, esquece que é homem,

que tem desejos e sentimentos,

que tudo o que escreve é o que sente,

ele não mente para a poesia,

a poesia faz dele instrumento,

marionete das palavras.

O que não escrevi lê-se nas entre linhas,

no fim de frase e começo de linha,

estes são meus pensamentos,

por favor, não os traduza,

nem os interprete de modo equivocado,

apenas acredite que no que esta escrito,

não se decepcione,

sou apenas um poeta em começo de carreira.

Adão Jorge dos Santos
Enviado por Adão Jorge dos Santos em 14/10/2005
Código do texto: T59726