A dura tarefa de amar
O brilho de seu corpo
É capaz de ofuscar minha visão
Uma sensação tão incomoda e familiar
Não consigo entender como um ser humano normal pode chegar a tal lugar
Algo me aperta o peito
Estômago, fígado, rins
Um enjoo terrível
Algo tão dilacerante quanto um coração partido
A imagem do seu sorriso me volta a memória
Meu cérebro ainda incapaz de formar um único pensamento concreto
Tudo se perde entre fleshes e borrões
De um passado ao qual não se pode voltar
Nem mesmo sequer relembrar
Tudo parece perdido
Ideias voando em turbilhão
Como se um pendulo dominasse meu corpo
Fazendo tudo ao meu redor balançar
Minha boca seca
Ainda sentindo o gosto amargo do seu último beijo
O Indomável desejo de sentir seus lábios molhados novamente
Prometo nunca mais me perder em teus braços
Buscando algo que possa me segurar
Pois na verdade nada pode
Tudo volta como era
E a única coisa que ainda permanece constante
É o embrulho no estômago capaz de lhe fazer vomitar
E Ao despertar
Abrindo os olhos e vendo tudo girar
Imóvel permaneço no mesmo lugar
Me pergunto se é a isso que chamam amar