PROCURA

Procuro o me afaste

de mim

Das ilusões proporcionadas pelos

sonos onde noites são negruras

da alma desterrada e os sonhos

são Nada...apenas Nada.

Procuro aquele sol que vai distante

Num calor que brilha fraco

Desejo de sair correndo pelos campos

invadir com verde todo cinza

minha alma...

eu procuro

matizar as emoções com tons suaves

Ser àgua viva em mar revolto

Procuro abrigo ninho porto

...depois disso, procuro descansar

no Infinito

Para esquecer o medo de nascer

de momentos "esquecidos" vago em

trâmite que nem alga pássaro borboleta

azul violeta como ontem fui

Procuro no quebrar violento a serenidade

da Paz ...

Procuro confiança nos homens

sair da decepção dita por línguas mortas

em frases decepadas pela distância tão

presente

Procuro que a minha busca não seja mais

uma luta em vão e que meus versos não

deitem no chão qual mendigo na calçada

sob qualquer viaduto transtornado

com frio e fome como se fossem fantasmas

de um Poema

Lúcia Gönczy

Lúcia Gonczy
Enviado por Lúcia Gonczy em 09/08/2007
Código do texto: T599518
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