PROCURA
Procuro o me afaste
de mim
Das ilusões proporcionadas pelos
sonos onde noites são negruras
da alma desterrada e os sonhos
são Nada...apenas Nada.
Procuro aquele sol que vai distante
Num calor que brilha fraco
Desejo de sair correndo pelos campos
invadir com verde todo cinza
minha alma...
eu procuro
matizar as emoções com tons suaves
Ser àgua viva em mar revolto
Procuro abrigo ninho porto
...depois disso, procuro descansar
no Infinito
Para esquecer o medo de nascer
de momentos "esquecidos" vago em
trâmite que nem alga pássaro borboleta
azul violeta como ontem fui
Procuro no quebrar violento a serenidade
da Paz ...
Procuro confiança nos homens
sair da decepção dita por línguas mortas
em frases decepadas pela distância tão
presente
Procuro que a minha busca não seja mais
uma luta em vão e que meus versos não
deitem no chão qual mendigo na calçada
sob qualquer viaduto transtornado
com frio e fome como se fossem fantasmas
de um Poema
Lúcia Gönczy