As águas sem fim
Sou navegador jovem,
buscando o resplendor
das águas do Cristo
redentor.
O mar não me assusta.
Nem tubarão esfomeado,
causa-me espanto;
porque vou marchando,
por
debaixo dos panos.
A bússola que carrego,
relíquia milenar,
mostra-me o caminho,
a qual devo navegar.
O porto me espera —
como um noiva à casar.
Sou guiado pelos ventos,
fantasmas, a trovejar.
O infinito aquático,
o grande azul do mar,
vai passando em meus olhos,
miragem — talvez — de um
futuro: a navegar...