quem sabe
quem sabe crie um lago onde possa reaver lembranças
e em torno do lago algumas árvores em que me deite em sombras
e ao redor das árvores algumas flores que exalem fragrância esquecidas
quem sabe voem as garças em sua solidão
e os pássaros entristecidos pousem os galhos despidos de outonos
e riam as borboletas do brilho do orvalho
quem sabe volte o dia
quem sabe morram os sonhos.
Margarida Di