Imerso na borra da taça

Imerso na borra da taça

Imerso na borra da taça

Sentidos adormecidos inebriados

Transcendendo ao estado contemplativo

Num estado torpe de conhecimento

Do degenerado ponto de realidade

Subjetivado a cada trago do odre

Onde o herói vislumbra-se ébrio

Morrendo a cada sorvida profunda

E sua alma sublima preciosa

Ascende a reinos átmicos

Encontra-se com a verdade alcoolizada

Conhecimentos dionisíacos codificados

Que a rubra passagem torna os claros

Mas que sob a insanidade apolínea

Obscurece por trás de seu brilho

Derrubando o véu que o vinho levantou

Onde Maya o guiava em planos sublimes

Assim mais um gole

Sorva a embriaguez da realidade

Contemple a translúcida luz

Baco o espera entre suas bacantes

Que bailam entre parreiras e vinhedos

Deleitando das delícias de viver

Daqueles que abraçam o licoroso sabor da vida

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 23/05/2017
Código do texto: T6006979
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