3:30: A CHUVA

Olhos de ateu comendo o azul,

vento calado trançando as folhas.

O gole da chuva na despedida,

arrepio de equilíbrio e pecado.

Tua nuvem acorda em solidão

Mastigando o silêncio,

São pingos sobre a terra seca,

Despertando a lua em brisa.

Cai no rosto o choro do céu,

limpeza da alma em soluço.

Caminha pelos córregos da pele

o cantar da luz em poesia.

Relâmpago!

-Trovejei em sua boca!

3:30: ah! chuva!

Yana Moura
Enviado por Yana Moura em 25/05/2017
Reeditado em 25/05/2017
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