Sapatos Sujos

Em meus sapatos sujos

Trago a poeira de vários caminhos

Lama de atoleiros,

Areia de tristes desertos.

Preso, ainda, nessas solas

Algas de poços profundos,

O vermelho da piçarra

De uma longa rodagem.

Esses sapatos sujos,

Um tanto quanto maltratados,

Guardam em si essas memórias,

Mas seguem, posto que já andaram

Em macias terras, orvalhadas relvas.

Portanto seguem, apesar das pedras,

Andam

Filipereira
Enviado por Filipereira em 26/05/2017
Código do texto: T6009695
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