O silêncio dos bytes

Fez-se silêncio

O homem estava tenso

Óbvio que imagina coisas

A plateia observava

A mosca transitava livremente

Havia liberdade em seu voo

Um barulho

Cabeças mudaram de posição

O homem começou a falar

Ruídos e vozes se misturam no ar

Em tons audíveis a voz modulava

A mensagem fora ouvida

Nisto uma ordem dissimulada

“Sugiro tomarem nota”

Olhares se cruzam

Era hora de pensar

O silêncio é compartilhado

Gestos são percebidos

Dedos dançam sobre telas opacas

Celulares sobem para a vitrine

A mecânica de movimentos é visível

Mas não há canetas

Nem folhas em branco

A mosca pousa e os bytes disparam