INUNDADA

Encontra-se afogada em si mesmo.

Inundada de tanto sentir..

Intensidade no mais excessivo sentido da palavra..

A alma clama por externar tudo..

E vez ou outra

Despejo em letras,

Exponho em poesias..

A mente mais bagunçada,

O coração mais confuso..

Que escolhe a solidão

Como refúgio.

E o que raramente faz a alma sorrir

É a arte que habita em mim..

Me encontro por hora,

Perdida em um túnel

Alagado,

Escuro e frio..

Sem proteção alguma..

Mas no fundo acredito

Que a luz e o calor que preciso

Surgirá de mim..

Atravessarei o túnel

Por mais que pareça

Impossível agora..

E mesmo que tudo indique que é o fim

Uma hora eu sei,

Ei de ressurgir..

Muito mais forte e aquecida..