Nossa língua
A Língua Portuguesa
não é uma língua morta;
não é inerte;
é antes, um órgão mutante...
Ela é uma porta aberta
à proliferação de neologismos
e à contaminação, por via oral,
de estrangeirismos.
A língua, por metáfora, incorpórea,
incorpora tudo o que ouve e o que se fala;
a gíria “pega” e vira regra...
A língua se rende
e se vende...
O paradoxo é ser uma invasão silenciosa...
Qualquer vocábulo novo que se aprende
e o senso comum apreende
acaba virando “português”;
e os filólogos assinam embaixo...
E no dia seguinte
nas bancas, ao amanhecer, a nova edição
do Novíssimo Dicionário da Nossa Língua Portuguesa.