Preste Atenção!

Preste atenção!

Um prefeito que conheço

Logo chamou atenção

Resolveu tudo mudar

Na sua nova gestão

Geralmente o que se vê

É que o outro que entrou

Não procura desfazer

O que de bom se criou

Você pode ter certeza

E muita gente viu

A tamanha insanidade

No exagero do gestor

A primeira imprudência

Foi rasgar nessa cidade

A tão suada licença

Daqueles que resolveram

Fazer da arte a beleza

Dar cor aquela cidade

Do gestor anterior

Pelos vultos da Indulgência

Nas fileiras da cidade

Pelos rumos da decência

Nos muros o que se via

Muita cor e alegria

Mas logo esse senhor

Esse novo que entrou

Gastou muito dinheiro

Pintando os muros de cinza

E levando a magia

Que tormento

Foi assim que ressurgiu

A tristeza da paisagem

Que logo voltou ao normal

Graças a esse rabugento

Homem do rosto cinzento

De um colorido extremo

Voltou o tom somente cinza

Que lamento

Logo chamou os bombeiros

Pra apagar o fogo da arte

Que muros?! Não mais se viu

Foi o que antes surgiu

Das mãos dos grafiteiros

Não bastasse a loucura

Do antes acontecido

Foi mexer no formigueiro

Dos moradores da rua da vida

Dos marginalizados

Desprovidos de atenção

De amor e de carinho

Que sustenta o coração

Na famosa cracolândia

Que todos ouviam falar

Foi tocando seu terror

Deu muito o que pensar

Das falhas desse gestor

Que se pode acompanhar

Com soldados

como em guerra

Numa batalha dura e seca

Foitangendo o Ser Humano

Como bicho sem porteira

Foi fazendo a varredura

Como se aquelas criaturas

Não fosse gente na terra

E foi tanta gritaria

Tanta destruição

Muito choro e gemido

Sofrer e desolação

O que podemos fazer

Se o que era pra acolher

Resolve causar polêmica

Em vez de estender a mão?!

O pior é que ele pensa

Que está muito correto

Não vê aquelas pessoas

Só carecem de afeto

Que espécie de narciso

É este que se apresenta

É Nero queimando Roma

Ou o tal do Dorian Gray

Dos livros de ficção

Ou do verdadeiro rei

Que não mede as consequências

De seus atos pelo chão

E assim com sua doideira

Vai varrendo a integridade

De muitos dos seus irmãos

Em nome da uma segurança

Hipócrita e desmedida

Pois sabemos, o maior mal

É dos que teem o poder

Que se firmam das misérias

Dos vícios e do sofrer

Daqueles que não tiveram

Nenhuma oportunidade

Da vida só receberam

Desilusão e saudade

De quando a inocência

Foi partindo pra bem longe

Ao avançar da idade

Vejo hoje no Brasil

Que aos poucos foi surgindo

Muito homem deslumbrado

Se achando muito esperto

Dono da razão e verdade

Fazendo barbaridade

Na sua nova gestão

Por isso o CRP

Logo, foi formulando

Um grande questionamentos

Como pode querer mudar

Tudo que se conquistou

E agora vendo um ato

De tamanha atrocidade

Não podemos permitir

Tanta maldade e terror

Em duras lutas se viu

A queda do manicômio

Encontrando na cidade

Espaço pra toda gente

Cada um em liberdade

Expressando pela vida

A força diversidade

De toda gente em toda idade

É preciso compreender

Mesmo porque se pensarmos

Que o que falta pra essa gente

É mais oportunidade

Trabalho e muito carinho

Saúde e integridade.

Reijane B.Garcia

Reijane Brasileiro
Enviado por Reijane Brasileiro em 17/06/2017
Reeditado em 23/10/2017
Código do texto: T6030096
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.