A dor silente
Fora derramada toda a minha seiva
Meu molho e sangue,
meus nutrientes
Foram libertas todas as minhas aves
Minha matilha,
meus cães valentes
Foram entregues todas as minhas cartas
Minhas mensagens
Correspondentes
Foram dilacerados os meus sentidos
Os vis sinais
De quem não mente
Foram queimados os meus tecidos
As minhas carnes
E os meus dentes
Foram quebradas minhas algemas
Os meus grilhões,
Minhas correntes
Por fim, moça,
Fora cantado à noite, então, que saiam
Rumo ao exílio
Minhas serpentes