A dor silente

Fora derramada toda a minha seiva

Meu molho e sangue,

meus nutrientes

Foram libertas todas as minhas aves

Minha matilha,

meus cães valentes

Foram entregues todas as minhas cartas

Minhas mensagens

Correspondentes

Foram dilacerados os meus sentidos

Os vis sinais

De quem não mente

Foram queimados os meus tecidos

As minhas carnes

E os meus dentes

Foram quebradas minhas algemas

Os meus grilhões,

Minhas correntes

Por fim, moça,

Fora cantado à noite, então, que saiam

Rumo ao exílio

Minhas serpentes

Eduardo G Silva
Enviado por Eduardo G Silva em 20/06/2017
Reeditado em 27/06/2017
Código do texto: T6032128
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.