Em xeque

Dispo-me do manto da ignorância

e da ânsia de ensaiar novas jogadas;

não quero nada além - apenas minha vez

de fazer o movimento com calma

negando entregar-me a esta rainha

e negando ao bispo minha alma...

A vez é minha! É meu combate

e mesmo a pé hei de travá-lo

se meu cavalo me tomam por engano.

Eu sou peão - mas sinto-me um Rei

mesmo preso na torre imponente

ou no tabuleiro xadrez de minha mente

pedindo à vida que não me mate!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 16/10/2005
Código do texto: T60326