A Poetisa e a Natureza!
A Poetisa e a Natureza
O vento a bailar por sobre as folhas
Tem ao timbre, uma canção peculiar
Leva as angustias e dúvidas do dia
Nesse eterno emaranhado de sons
Colore assim o meu peito em fantasia
Ensaiando uma canção no dedilhar
Esperança o vento trás, pois é com ele
Muitos pássaros que cantam a brindar
Alegremente numa doce e bela sinfonia
Ajustada e harmônica que acompanha
Os batimentos do meu coração e meu sonhar
É forte e inebriante a cor do sol por entre os galhos
Em que a planta agradece a bailar, estalos
Ao som do vento de contagiante móvel
Almofadando o meu doce olhar
Numa felicidade inédita e circunscrita
Embora transcendente e voadora no pensar
Eu escuto e vivência do vento, seus murmúrios
E o frescor que a natureza na na minha pele, roça
E descalça da alma, desarmada e solta
Leve como uma pluma perfumada
Deslizo o pensamento pela pequena porta
A espreitar ao longe o espetáculo da certeza
Com sentidos aguçados me transporta
Grata sou a Deus pela natureza
Grata sou pelas faculdades que a ela sente
E também por seus mistérios e deleite
Me sentindo dela fazer parte, inteiramente
Me descubro ser também feliz e pertencente
Ao estado natural pela inspiração presente
Eu sou ela a natureza e ela sou eu no coração
Como dois apaixonados seres em união
Que está doce presença se firme eternamente!
Ela e Eu, a Poetisa e a Natureza…!