Como em si mesma
Como em si mesma, ela repousa.
E ainda que não perceba a própria grandeza,
Repousa...
Ali... nem para frente, nem para trás
Aguardando, sublime, uma superfície lisa
Que, suficientemente vazia possa refleti-la.
E, que por si mesma ela se basta,
em tudo quanto lhe advém, hora teme, hora acha graça.
Fosse não uma especulação, ou uma falácia
Agora, nesse instante, não seria mais nada.
Perde-la é o mesmo que habitar um casulo sem casca
E como tal, a vida se veria ameaçada.
Muitos, muitos tentaram toca-la.
Esforços mirabolantes foram dispensados,
Teorias, cálculos, guerras travadas.
Símbolos ousaram figura-la
Mas a verdade é que ela sempre foi
A mais estonteante beleza, o senso,
A soma de todas as forças
Jamais encontrada.